sábado, 20 de dezembro de 2014

Web 2.0 e educação

O que é Web 2.0

Web 2.0 é um termo usado para designar uma segunda geração de comunidades e serviços, tendo como conceito a Web e através de aplicativos baseados em redes sociais e tecnologia da informação. Web 2.0 foi criada em 2004 pela empresa americana O'Reilly Media.

O termo não se refere à atualização nas especificações técnicas, e sim a uma mudança na forma como ela é percebida por usuários e desenvolvedores, ou seja, o ambiente de interação e participação que hoje engloba inúmeras linguagens. A Web 2.0 aumentou a velocidade e a facilidade de uso de diversos aplicativos, sendo responsáveis por um aumento significativo no conteúdo existente na Internet.

A ideia da Web 2.0 é tornar o ambiente on-line mais dinâmico e fazer com que os usuários colaborem para a organização de conteúdo. Dentro desse contexto a Wikipedia faz parte dessa nova geração, além de diversos serviços on-line interligados, como oferecido pelo Windows Live, que integra ferramentas de busca, e-mail, comunicador instantâneo, programas de segurança, e etc.

Web 2.0 e educação

Com o aparecimento do Web 2.0 muitos sites deixaram de ser estruturas rígidas e estáticas e passaram a ser plataformas onde pessoas podem contribuir com o seu conhecimento para o benefício de outros utilizadores e visitantes. Assim, a Web 2.0 potencia e facilita a obtenção de conhecimento, tendo um impacto na educação.

Um aspecto negativo é que nos dias de hoje, as pessoas não armazenam informações com tanta facilidade e procuram na internet toda a informação já processada, o que não estimula o pensamento crítico.

Atualmente os sites mais visitados em todos os ambientes, inclusive no ambiente escolar são: facebook, twiter, instagran etc... A partir da criação destas redes, os usuários deixam de ser meros espectadores, podendo interagir, criar próprio conteúdo, comunicar-se com seus colegas e opinar de todas as formas sobre o que é apresentado na tela. Maior revolução que a internet já passou como um todo. O “2.0” indica uma nova versão da internet, um novo capítulo, novos rumos para a grande rede. O objetivo é fornecer aos navegantes mais criatividade, compartilhamento de informação e, mais que tudo, colaboração entre eles, fazendo com que esses navegantes tomem parte nesta revolução.

Com base nestes conceitos, explodiram serviços de relacionamentos sociais, páginas repletas de vídeos, wikis, blogs e outros serviços com um traço em comum: a participação efetiva do usuário nos dois sentidos do tráfego de informação: recebe-se conteúdo dinâmico, fornece-se o mesmo tipo de informação com a mesma facilidade. O mais interessante disto tudo é que não se trata de uma revolução tecnológica ou atualização brusca. É simplesmente uma mudança na maneira de promover conteúdo dinâmico através da internet.

Fonte:


Autores:
Cibele Cristina
Dulcineia Novaes
Karla Regina Pereira
Kennedy Jose Paula
Roberta Jayme




AT1 – OT - O papel da inclusão digital na gestão escolar



          A inclusão digital no âmbito da gestão de uma escola pode vir a ser uma forma de comunicação com a comunidade escolar. Neste espaço, que é a escola, faz-se necessário buscar diferentes possibilidades de participação da família, funcionários, comunidade em geral, não gerando uma única forma de participação, como agenda ou vir pessoalmente até a escola, caso contrário, pode-se restringir outras portas de aprendizagens para as famílias e para todos que perpassam este universo escolar.

          Assim, cabe a gestão, sempre buscar possibilidades diferenciadas de participação, nas quais uns irão se integrar melhor nesta ou naquela forma de participar. Neste sentido, a inclusão digital, vem proporcionando uma maneira a mais da informação e da participação estar sendo viabilizada na escola.

        Para que este diálogo com a comunidade escolar seja estabelecido, pode-se ter a inclusão digital como uma aliada, que irá favorecer mais um canal de comunicação entre a escola, família e comunidade.

      Na Unidade que atuo como gestora, destaca-se recentemente entre essas comunicações digitais, um blog, contendo a proposta pedagógica, projetos institucionais e didáticos e acontecimentos cotidianos que tanto os familiares, alunos, funcionários e comunidade podem acompanhar, comentar, sugerir e saber quais os caminhos trilhados pela escola e pelos que por ela passam diariamente.

      Logo após a criação do blog houve a necessidade de realizar um trabalho de apresentação para a comunidade escolar orientando como acessar, curtir e comentar as postagens nele inseridas. Não basta apenas ter acesso a este canal digital, mas é necessário haver também um trabalho de orientação aos usuários, caso contrário corre-se o risco de não favorecer a inclusão digital nesta ação planejada pela escola impedindo, inclusive, que o projeto se mantenha, e ao invés da inclusão, favorecer a exclusão da comunidade pela falta de orientação.

        Diante deste caminho, ressalta-se que a escola parece ter condição de destaque nesta perspectiva, contribuindo não apenas para o acesso ou a busca de informação, mas principalmente uma visão crítica diante desta utilização. Um trabalho de treinamento, de formação para tal utilização, irá visar potencializar as parcelas da população “excluída”, assumindo uma proposta de formação dos indivíduos, dando um  passo importante na concepção de inclusão digital e da necessidade de se entender sua problemática, indo para além do acesso.

A inclusão digital se dá, portanto, não com o acesso à tecnologia pura, mas sim como parte de um processo de inclusão social. O uso das tecnologias deve buscar, antes de tudo, um avanço no bem-estar de todo um grupo social, favorecendo sua cultura, suas necessidades e suas particularidades. Somente desta forma a massa excluída estará, de fato, inserida neste ciberespaço.. (Montanaro,2000,  p.7)

        Pode-se então pensar que o grande passo a ser dado pelos gestores e educadores é buscar uma reflexão constante que traga um debate para o planejamento de ações que justifiquem o porquê de trabalhar com as tecnologias digitais, qual o propósito, o motivo desta aproximação, deste trabalho? Para quem ele é importante? Em qual perspectiva? Essas questões devem estar sempre presentes como guia no trabalho do gestor da unidade escolar.

        Montanaro (2000, p.7) vem complementar esta reflexão com contribuições sobre o ponto central do que é chamado inclusão digital, dizendo que:

 Não é suficiente dar a todas as pessoas um computador com uma ótima interface e todas as facilidades de acesso. É necessário, e talvez seja realmente o mais importante, dar condições para que essas pessoas, munidas de tal tecnologia, possam a utilizar de forma consciente na participação nos processos de inteligência coletiva e de construção colaborativa do conhecimento.

          Portanto, a gestão escolar, deve ter o compromisso e metas estabelecidas para que a cada dia sejam pensados diferentes canais de comunicação, aproveitando a inclusão digital como mais um meio de conquistar este objetivo, o qual estará contribuindo tanto para os objetivos específicos no ambiente interno da escola, como no externo, na medida em que, na sociedade, cada vez mais essas habilidades de comunicação e busca de informações são competências a serem conquistadas para que o homem interaja socialmente com mais pessoas e com o mundo que vive.

         Enfim, ao assumirmos a inclusão digital como uma das formas de diálogo entre a gestão e a comunidade escolar, é necessário ter em mente que não é suficiente oferecer às pessoas um computador, o mais importante é dar condições para que este acesso seja qualitativo, para que façam uso da tecnologia não de forma banalizada, mas consciente, tendo uma participação que construa conhecimentos necessários para ampliação cultural. Neste sentido, o gestor escolar torna-se muito importante no processo, principalmente ao assumir a liderança nesta forma de comunicação, lembrando-se de garantir que esta ação esteja inserida no Projeto Político Pedagógico da Escola, não apenas no papel, mas principalmente nas ações cotidianas.

Karla Regina